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Responsabilidade social

Teatro Univates recebe premiação do PENSE

Por Redação/ Jornal A Hora

Postado em 14/03/2019 16:54:00


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Como uma forma de valorizar a atuação dos mestres e a importância das escolas à sociedade. Em linhas gerais, esse é o propósito do PENSE. Idealizado pelo Grupo A Hora, a iniciativa teve seu ponto máximo na tarde de ontem, com o 1º Seminário do programa.

Lucas George Wendt

O evento encerrou o primeiro ciclo do projeto. Iniciado em março do ano passado, o PENSE conta com o apoio da Univates, da cooperativa de crédito Sicoob, do Instituto Dale Carnegie, da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (3ªCRE), do Centro Regional de Oncologia (Cron) e da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).

O diretor geral do Grupo A Hora, Adair Weiss, enalteceu a importância de a comunidade regional valorizar o trabalho dos professores. Para ele, uma iniciativa como o PENSE ganha valor a partir do envolvimento dos diferentes organismos da sociedade.

Na avaliação do vice-reitor da Univates e presidente da Fuvates, Carlos Cândido da Silva Cyrne, reconhece a importância de iniciativas como o PENSE e acredita que é necessário manter o programa.

O presidente da Amvat, o prefeito de Teutônia, Jonatan Brönstrup, também reforçou o compromisso com a iniciativa. O perfil cooperativista do Vale do Taquari tem relação com o modelo educacional trabalhado na região, acredita. “A Amvat não pode ficar de fora. Queremos nos manter parceiro do programa por muitos anos.”

Redação sobre a importância do professor na sociedade premiou quatro alunos da região

Lucas George Wendt

“Fazer diferente é fazer melhor”

A primeira palestra da tarde foi com o médico e especialista em neurolinguística Nelson Spritzer. Expôs ideias e estudos sobre o impacto das novas tecnologias no cotidiano, no trabalho e nas salas de aula. “Já foi mais simples viver nesse mundo. Hoje estamos sobrecarregados de informações e estamos adoecendo.”

Pelo avanço tecnológico, a inteligência artificial tende a superar a mente humana nos próximos anos. A partir disso, uma série de profissões estão se encaminhando à extinção. 

“Se eu for obsoleto na minha função, eu estou fora da equação. Temos que oferecer o que a máquina não consegue. Neste ponto está a inteligência emocional.”

O cenário de escola padrão, em que o professor é o detentor do conhecido e os alunos são apenas receptores está no passado, reforça. “Fazer diferente é fazer melhor”, diz.

“O resultado daqui a uma geração”

Padrinho do PENSE, o ator Werner Schünemann, voltou a se encontrar com os professores da região.  Ex-professor, Schünemann relembrou algumas experiências em sala de aula. Pelo modelo das aulas, diz, causou estranheza de outros professores e da própria direção da escola. “Isso me causou uma grande frustração. Talvez por isso não tenha continuado na profissão.”

Para ele, o primeiro ano de PENSE serviu para marcar território. “O programa precisa ter continuidade. Só vamos saber do impacto dele daqui a a 15 ou 20 anos. O resultado será conhecido daqui a uma geração.”

Ensinar a pensar

A professora de Línguas, Letícia Dell Osbel, reforça que as escolas estão em constante adaptação. Segundo ela, é impossível ensinar hoje da forma com que se trabalhava nas décadas passadas. “Também estamos em um processo de mudanças. Os educadores participam de formações constantes para ampliar essa autonomia e protagonismo dos alunos.”

Segundo ela, ao reformular, ressignificar processos e estratégias de ensino, tanto as escolas quanto os profissionais da educação atuam para que o aprendizado impacte sobre os jovens. “A proposta das metodologias em trabalho é tornar o aluno em um transformador da sociedade. A partir daí, se chega na função social da escola. É a cidadania e também a formação humanizadora.”

Segundo ela, nos dias que se seguem, da crise de valores, da diversidade de sujeitos, é preciso ensinar a pensar e também a respeitar as diferentes linhas de raciocínio.

Na opinião da professora, o PENSE ganha em importância por levar ao público os projetos e iniciativas trabalhados dentro da escola. “Muitas vezes nosso trabalho fica restrito. Vemos as pessoas apontar os problemas da educação, dos professores, mas poucos conhecem o que está sendo feito. Por isso o programa é relevante.”

O grande prêmio

O professor Mateus Lorenzon, da escola Bela Vista, de Arroio do Meio, venceu o primeiro lugar do concurso com o projeto “Tornando possível o desenvolvimento da alfabetização científica no ambiente escolar”. Ele ganhou um intercâmbio para o Instituto Politécnico de Leria, em Portugal. “Primeiro é um reconhecimento pelo que vem sendo trabalhado, mas não é só isso, também serve de estímulo para continuar aprimorando os projetos desenvolvidos na escola.”

Mateus conta que começou o projeto em 2017. “Eu estava fazendo mestrado e me chamou atenção as perguntas das crianças. Comecei a pensar qual seria a potencialidade desses questionamentos para movimentar o currículo escolar. Conforme contemplado na prática, percebia que criava um ambiente positivo na sala de aula e conseguimos também envolver a comunidade.”

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