Nos últimos anos, o plantio da nogueira-pecã, árvore originária da América do Norte, se popularizou no Brasil, principalmente nos estados da região Sul. A expansão do plantio está relacionada ao aumento do consumo, atrelado aos benefícios à saúde e aliado ao considerável valor pago pela oleaginosa, gerando mais renda e emprego. Por esse motivo, tornou-se uma cultura explorada economicamente.
Danielle Galvan Casagranda, moradora do município de Anta Gorda, no interior do Rio Grande do Sul, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Universidade do Vale do Taquari - Univates. Recentemente, em conjunto com outros pesquisadores da Embrapa Clima Temperado e da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), abordou o tema da produtividade da noz-pecã em um artigo intitulado Produtividade da nogueira-pecã na região de Anta Gorda no Rio Grande do Sul, divulgado pela revista científica The Research, Society and Development Journal. Além de Danielle, assinam o estudo Marines Batalha Moreno Kirinus, Carlos Roberto Martins, Eduardo Miranda Ethur e Marcelo Barbosa Malgarim.
O plantio de noz-pecã foi avaliado em uma propriedade rural localizada no município de Anta Gorda. O estudo teve como objetivo analisar a produtividade de cinco variedades de nogueira-pecã ao longo de seis ciclos consecutivos, abrangendo os anos de 2012 a 2017.
Durante o acompanhamento dos ciclos, a pesquisadora responsável observou que a variedade Barton se destacou em termos de produtividade, apresentando valores elevados em comparação às variedades Pitol 1, Cenci, Pitol 2 e Imperial. Em média, a variedade Barton produziu 24,90 kg por planta por ano ao longo dos seis ciclos avaliados. O destaque foi na sexta safra, em que a produtividade estimada alcançou 4.185 kg por hectare.
Além da variedade Barton, também se destacaram as variedades Cenci e Pitol 2. Essas variedades apresentaram valores médios de produção nas safras de 13,12 e 11,8 kg por planta, respectivamente, valores superiores em relação às outras variedades avaliadas.
Com base nesses resultados, é possível concluir que a variedade Barton é a mais indicada para o plantio de noz-pecã nesta região. Ela demonstrou ser altamente produtiva e adaptada às condições locais, proporcionando uma colheita significativa por planta e por hectare.
As variedades Cenci e Pitol 2 também mostraram potencial de produção, embora em níveis um pouco mais baixos em comparação à variedade Barton. É importante ressaltar que outros fatores, como manejo adequado, controle de pragas e doenças e condições climáticas também desempenham um papel relevante no sucesso do plantio de noz-pecã.