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Pesquisa

Estudo avalia cognição e independência de idosos institucionalizados durante a pandemia

Por Lais Pontin Matos

Postado em 01/09/2023 08:56:59


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Avaliar o desempenho cognitivo e a independência funcional em atividades da vida diária de idosos residentes em uma instituição de longa permanência de Lajeado durante o período da pandemia de covid-19. Esse foi o objetivo de um estudo desenvolvido no projeto de extensão Ações Sociais e de Saúde em Gerontologia (PASSG) da Universidade do Vale do Taquari - Univates, publicado pela Revista Foco em agosto de 2023. 

Estiveram envolvidos na realização da pesquisa os professores Magali Quevedo Grave, Tania Cristina Fleig, Alessandra Brod e Eduardo Périco, além dos acadêmicos Eluana de Goes Schneider (bolsista do PASSG), Júlia de Paris, Luana Vidmar e Derli Bonine. Ao acompanhar a rotina de idosos institucionalizados, os acadêmicos puderam compreender de que maneira a pandemia afetou diversos aspectos da vida e do bem-estar dessas pessoas.

Estudo avaliou a cognição e a independência de idosos institucionalizados.

Estudo avaliou a cognição e a independência de idosos institucionalizados.

Divulgação Univates/PASSG

Metodologia

Divulgação Univates/PASSG

Estudo avaliou a cognição e a independência de idosos institucionalizados.

Estudo avaliou a cognição e a independência de idosos institucionalizados.

O estudo, que obedeceu a uma lógica exploratória, descritiva, transversal e quantitativa, foi realizado em 2021 com os residentes do Lar Tabita. Os 20 idosos (7 homens e 13 mulheres) que participaram da pesquisa tinham entre 66 e 96 anos e eram capazes de atender a comandos verbais e enxergar números e letras. Além disso, também não estavam acamados nem apresentavam comorbidades diagnosticadas, como a doença de Alzheimer.

Os pesquisadores avaliaram o desempenho cognitivo dos idosos por meio do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), que analisou a orientação, a memória, a atenção e as habilidades específicas de compreensão dos idosos. Para verificar o grau de independência em atividades diárias foi aplicado o Índice de Barthel (IB), que mensurou a capacidade funcional dos indivíduos em realizar tarefas cotidianas como caminhar, alimentar-se, transferir-se da cadeira para a cama e cuidar da própria higiene pessoal.

Descobertas

Divulgação Univates/Nicole Morás

Professora Magali Grave foi a coordenadora do estudo.

Magali, que foi a coordenadora da pesquisa, explica que o estudo chegou ao seguinte resultado. “Percebemos que quase todos os idosos apresentaram importantes alterações na cognição e dificuldades para realizar atividades da vida diária como, por exemplo, comer, tomar banho, escovar os dentes e os cabelos e vestir uma roupa”.

Alessandra destaca que os resultados do estudo já eram esperados pelos pesquisadores, uma vez que idosos institucionalizados costumam sofrer com demências. Isso, no entanto, não significa que a situação não possa ser amenizada. “As atividades que desenvolvemos no projeto ajudam a estimular as cognições e trazer ludicidade ao dia a dia dos residentes, melhorando sua qualidade de vida. Infelizmente, as alterações não vão desaparecer, mas podemos trabalhar para que elas não avancem de forma tão acelerada”, pontua.

Aprendizados

Graduandos que participaram da pesquisa puderam aprofundar conhecimentos teóricos e práticos.

Divulgação Univates/PASSG

Eluana, Júlia e Luana são acadêmicas do curso de Fisioterapia e Derli cursa Nutrição. Para os graduandos, a experiência de auxiliar na condução de uma pesquisa representou uma oportunidade para aprofundar conhecimentos teóricos e práticos. “Pela primeira vez pude aplicar os instrumentos de avaliação clínica e, com a orientação da professora Magali, traçar um perfil dos idosos institucionalizados”, explica Derli.

Júlia conta que se surpreendeu com o caráter multidisciplinar do estudo. “Trabalhar em equipe foi incrível. Planejar as atividades em grupo é sempre interessante porque você percebe que cada pessoa tem um olhar diferente sobre aquilo que está sendo realizado”.

Luana destaca que a realização da pesquisa fez com que ela tivesse ainda mais noção da importância da sua profissão. “A fisioterapia gerontológica auxilia a prevenir e tratar diversas doenças. O estudo nos permitiu avaliar as reais necessidades de cada um dos idosos e, de acordo com elas, adotar condutas para melhorar ou manter sua qualidade de vida”.

Para Eluana, a pesquisa também trouxe aprendizados emocionais. “Tivemos a chance de ouvir relatos cheios de sentimentos de pessoas que se alegram com a nossa presença e aprender com cada momento compartilhado. Esse estudo me impulsionou a seguir na área da Fisioterapia para continuar aprimorando os cuidados que considero serem essenciais na minha profissão e no meu dia a dia”, finaliza.

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