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Vale do Taquari

Universidades mobilizam a comunidade para mapear os impactos da enchente no Rio Taquari

Por Lucas George Wendt

Postado em 19/09/2023 10:38:25


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O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS e a Universidade do Vale do Taquari - Univates desenvolveram as estimativas preliminares das áreas urbanas que foram inundadas durante a cheia do Rio Taquari-Antas, ocorrida entre 4 e 5 setembro de 2023. 

Por meio da prática de uma ciência colaborativa com a população local, a comunidade também pode auxiliar na compilação das informações enviando registros de onde a cheia chegou. O objetivo é criar um “Mapa Cidadão” com as informações que, posteriormente, servirão para embasar estudos científicos. 

Comunidade pode contribuir com um Mapa Cidadão

A UFRGS e a Univates estão realizando uma ação de ciência cidadã por meio da qual toda a comunidade regional pode auxiliar no mapeamento das áreas afetadas pela cheia. Clique aqui para ver como funciona ou confira as instruções abaixo. 

WhatsApp do Mapa Cidadão: 555133088180

1) Caminhe com o celular pela rua ou terreno aberto até o local em que você sabe que foi o limite da inundação. 

2) Abra o Whatsapp na conversa com o Mapa Cidadão. 

3) Clique no clipe e escolha "Localização". 

4) Escolha "Localização Atual".

5) Pronto! Você contribuiu para o Mapa Cidadão. 

Ciência cidadã

A atividade é uma oportunidade de a população local participar do processo científico. A ciência cidadã, também conhecida como "ciência participativa" ou "ciência comunitária", é uma abordagem colaborativa na qual membros do público em geral, muitas vezes sem formação científica formal, participam ativamente do processo científico. 

Isso envolve a coleta, análise e interpretação de dados científicos, bem como a contribuição para a formulação de perguntas de pesquisa e a disseminação dos resultados. No caso em específico, a comunidade local do Vale do Taquari e áreas do entorno que foram afetadas pela cheia podem participar munindo os pesquisadores de dados que, sem a participação das pessoas, seriam de difícil acesso devido à amplitude do mapeamento que está sendo proposto. 

Neste contexto, são muitas as possibilidades da ciência cidadã, entre elas: 

1. Envolvimento da comunidade: a ciência cidadã incentiva a participação ativa da comunidade na coleta de dados e na geração de informações científicas. Neste caso, os residentes locais são convidados a contribuir com seus próprios conhecimentos sobre as áreas inundadas, o que aumenta a precisão e a abrangência das estimativas.

2. Ampliação da capacidade de coleta de dados: a participação da comunidade amplia significativamente a capacidade de coleta de dados em situações como essa. Os moradores locais têm um conhecimento regional e podem fornecer informações que podem ser difíceis de obter por outros meios.

3. Engajamento público: a iniciativa cria uma oportunidade para o envolvimento do público em geral no processo científico. Isso não apenas aumenta a conscientização sobre questões relacionadas a cheias e gestão de recursos hídricos, mas também promove a alfabetização científica da comunidade.

4. Colaboração entre acadêmicos e comunidade: a parceria entre instituições acadêmicas como a UFRGS e a Univates e a comunidade local é um exemplo de como a ciência cidadã pode promover a colaboração entre pesquisadores profissionais e cidadãos em geral. Essa colaboração mútua fortalece a pesquisa e os resultados científicos.

5. Utilização dos dados para embasar estudos científicos: os dados coletados pela comunidade local podem ser usados como base para estudos científicos mais abrangentes sobre cheias e gestão de recursos hídricos na região. Isso demonstra como a ciência cidadã pode contribuir para a pesquisa científica tradicional, eventualmente estendendo esse impacto para geração de políticas públicas e ações de abrangência comunitária.

Elise Bozzetto

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