A geóloga e doutoranda em Ambiente e Desenvolvimento da Universidade do Vale do Taquari - Univates Karla Petry está desenvolvendo uma iniciativa como projeto de pesquisa para aprimorar a preparação e a resposta da população em casos de desastres, focando especialmente nas rotas de evacuação em áreas de risco. Com experiência na área desde 2017, Karla destaca a necessidade de preparação adequada para desastres como uma questão crítica ‒ o que se evidenciou recentemente no Vale do Taquari.
Uma parte sensível de seu trabalho, orientado pelo professor doutor Eduardo Périco, é a aplicação de questionários para entender as necessidades das comunidades afetadas e dos profissionais envolvidos na gestão de desastres. Podem participar profissionais da Defesa Civil, pesquisadores da área e moradores de áreas de risco, mas toda a população é bem-vinda a responder ao questionário.
A abordagem de Karla visa a criar rotas de evacuação personalizadas, levando em consideração todos os fatores relevantes. Para realizar seu estudo, Karla precisa ouvir diferentes segmentos da população, que pode contribuir para o seu estudo respondendo ao formulário disponível aqui. A pesquisa fica aberta até o fim de novembro. As contribuições da população serão utilizadas no âmbito do projeto de pesquisa de doutorado Delimitação de rotas de evacuação em áreas de risco de desastres naturais: metodologia multicritério em ambiente SIG com estudos de caso.
O cerne de sua pesquisa envolve o uso do Sistema de Informações Geográficas (SIG), uma ferramenta de mapeamento, para desenvolver uma metodologia acessível e eficaz na delimitação de rotas de evacuação em áreas de risco. Karla está comprometida a criar um manual prático para a Defesa Civil, tornando o processo mais simples e acessível.
A pesquisadora explica que sua abordagem não visa apenas a encontrar as rotas mais rápidas ou curtas, já que essas informações estão amplamente disponíveis. Ao contrário, seu objetivo é ouvir a Defesa Civil, a população das áreas de risco e outros especialistas que trabalham com segurança de barragens e evacuação, a fim de identificar as necessidades específicas de cada comunidade.
Não se trata apenas de encontrar o caminho mais curto. Precisamos considerar a acessibilidade para pessoas com deficiência, a mobilidade de evacuação com ou sem veículos e até mesmo as necessidades de resgate da Defesa Civil, destaca. Em todos esses aspectos, com a participação da população no estudo, a pesquisa de Karla se tornará mais fiel à realidade local.