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Internacionalização

Discentes realizam atividades de qualificação profissional na Universidade de Bologna durante mestrado e doutorado

Por Lucas George Wendt

Postado em 19/12/2023 12:37:34


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Divulgação/Acervo pessoal

O professor Ivan Bustamante Filho, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da Universidade do Vale do Taquari - Univates, a doutoranda Mariana Brettas Silva e o mestrando Eduardo Caramori Priamo realizaram atividades científicas na Universidade de Bologna (Unibo), na Itália, recentemente. A Unibo foi fundada em 1088 e é reconhecida como a universidade mais antiga do mundo ocidental, tendo sua história entrelaçada com nomes da ciência e da literatura de destaque internacional.  

Durante uma semana, os discentes do PPGBiotec conheceram as instalações do Dipartamento di Scienze Mediche Veterinarie (Dimevet) da Unibo, onde também realizaram atividades relacionadas a pesquisa, assistiram a aulas e interagiram com professores, pesquisadores e estudantes da universidade italiana. 

Além das atividades acadêmicas, os pesquisadores do PPGBiotec vinculados ao Laboratório de Biotecnologia da Reprodução Animal tiveram a oportunidade de explorar as culturas e tradições da região da Emilia Romana, onde fica Bolonha. Por meio de visitas a museus, a restaurantes e da interação com moradores, puderam aproveitar a viagem também de um ponto de vista sociocultural.

Para a doutoranda Mariana, foi “um privilégio poder conhecer a Unibo, a universidade mais antiga do mundo, e o Departamento de Veterinária foi um show à parte. Os professores foram muito receptivos e nos mostraram caminhos que nem sabíamos que existiam! Acompanhei procedimentos em diversas áreas do departamento e me encantei com a receptividade de todos”.  

Segundo o mestrando Eduardo, a experiência foi uma oportunidade única. “É até difícil expressar em palavras a experiência incrível que vivi. Foi enriquecedor, pessoal e profissionalmente. A vivência na universidade me permitiu expandir minha visão profissional e como estudante. A universidade é simplesmente fantástica! Fomos muito bem recepcionados e nos sentimos muito bem lá. Conhecer um país como a Itália era um sonho. A imersão em outra cultura e hábitos e conhecer pessoas expandiram minhas percepções de mundo”.

O professor Bustamante destaca que a experiência internacional é transformadora. “Por meio da carreira na ciência, pude viajar para o exterior, conhecer pessoas de todo o mundo, aprendendo e amadurecendo com o multiculturalismo. Essas experiências foram determinantes para minha formação profissional e pessoal, pois elas vão além do trabalho na universidade. Vivemos experiências novas, sentimos cheiros e gostos diferentes, nos surpreendemos com as descobertas. Certamente, hoje sou resultado das experiências vividas por meio das oportunidades de internacionalização que tive ao longo da carreira, desde quando era estudante de pós-graduação. E é gratificante poder retribuir essas oportunidades aos meus orientandos do PPGBiotec da Univates”, revela. 

Impacto da internacionalização 

Para a Univates, poder enviar seus estudantes de diferentes níveis de ensino para estudar e realizar pesquisas em outras instituições por meio de processos de internacionalização representa um conjunto de benefícios. “Abrir portas para o mundo; possibilitar aos estudantes experiências para além da nossa região; colocar o estudante em contato com culturas e formas de vida distintas, compreendendo as diferenças que nos unem como cidadãos globais; dar acesso a diferentes metodologias de ensino e pesquisa; fomentar o desenvolvimento de competências pessoais dos estudantes fora do seu ambiente natural. Simbolicamente é colocar o estudante no mundo e mostrar para ele do que ele é capaz”, salienta a gestora do Escritório de Relações Internacionais da Univates, professora Viviane Bischoff. 

Ser reconhecida como uma instituição que se dispõe a enviar e receber alunos é também importante para a reputação institucional. “A reputação institucional cresce na medida em que temos um grande número de universidades estrangeiras que nos ‘validam’ enquanto universidade quando recebem nossos estudantes, quando enviam seus estudantes para cá, além de todos os demais tipos de atividades desenvolvidas. Não é apenas um reconhecimento nacional, mas são instituições de referência internacionalmente que querem cooperar conosco”, destaca Viviane. 

Em todo o processo do intercâmbio, no entanto, quem mais ganha é o estudante, que tem a oportunidade de viver a experiência. “Sempre digo que, além de todo o impacto das hard skills ‒ competências técnicas que qualificarão o currículo e a carreira do aluno ‒, as soft skills (competências pessoais) são as que mais transformam o estudante”, observa Viviane. 

“O impacto é visto na grande maioria dos intercambistas, sejam eles da Univates ou os estrangeiros que vêm para cá. Estar imerso em uma cultura distinta e se submeter a dividir casa e quarto com outras pessoas que agem e pensam diferente colocam o estudante em situações nas quais ele não imaginou estar. Ele precisa pensar como agir, precisa repensar suas crenças. O estudante precisará dar conta do seu dia a dia sem familiares na retaguarda. Isso tudo traz um crescimento enorme”, complementa Viviane.

Lucas George Wendt

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