Nos dias 09 e 10 de agosto, 20 voluntários do projeto Clown - E seu sorrir!?, promovido pela Universidade do Vale do Taquari - Univates, participaram de oficinas ministradas pela Organização Não Governamental (ONG) Palhaços Sem Fronteiras. Essa ONG, conhecida por realizar espetáculos e oficinas de palhaçaria e artes circenses em zonas de conflito e de desastres ambientais, esteve no Vale do Taquari para desenvolver um trabalho com as comunidades atingidas pelas enchentes. Durante a visita, a ONG se uniu ao projeto Clown da Univates para compartilhar suas experiências.
A formação enfocou duas metodologias: O jogo como ferramenta pedagógica e Liderando através de risos e jogos. Ambas buscaram ampliar o conhecimento dos participantes e diversificar as abordagens dos clowns em diferentes cenários.
Para a coordenadora do projeto, professora Marinês Pérsigo Morais Rigo, a experiência foi transformadora. A vivência dos Palhaços Sem Fronteiras é algo ímpar. Eles nos mostraram que as ações permitem que crianças, jovens e adultos criem memórias afetivas e positivas, mesmo diante de cenários traumáticos, destacou.
Joana Ecco, voluntária do projeto e conhecida como doutora Floriana, reforçou a importância do encontro. Participar deste encontro foi uma oportunidade extraordinária para aprender novas ferramentas, dinâmicas e abordagens com profissionais que têm muita experiência na arte de se relacionar com o outro de forma humanizada e que comprovam que é possível, por meio do riso e do voluntariado, transformar um momento de tristeza em um momento de esperança e de amor, disse a voluntária.
Joana também ressaltou o impacto pessoal da experiência. A oficina também teve forte influência na minha formação enquanto voluntária e, também, na vida pessoal de cada participante, pois nos mostrou que o clown se trata de acolhimento, coletividade, sensibilidade, doação e confiança ‒ traços que, inevitavelmente, fazem de nós seres mais humanos. Juntos, por meio do riso, podemos transformar realidades, concluiu.
Por sua vez, a voluntária Carla Saticq, mais conhecida como doutora Historieta, destacou que a oficina proporcionou muitos aprendizados. Passamos por jogos e reflexões muito pertinentes, os quais irão contribuir muito para nossas vivências como clowns. Trabalhamos com alegria, diversão, afeto, respeito e combinados, buscando construir um espaço seguro e sensível para, principalmente, sermos quem somos. Assim, no coletivo, conseguimos transformar nossas individualidades em grandes potências, relatou.