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Aluno de História realizará trabalho voluntário no continente africano

Por Tuane Eggers

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O aluno do curso de História da Univates Fernando Zanatta recebeu, recentemente, uma notícia que vai mudar a sua vida. Muito além dos livros ou de qualquer outro aprendizado teórico, ele está preparado para sentir a História na própria pele. No próximo dia 6 de junho, ele embarca para uma viagem a Johannesburgo, África do Sul. Depois, segue rumo a Moçambique, onde ministrará aulas voluntárias de português e de história.

A aventura também prossegue em Malauí, Zimbábue, Somália e Sudão. Nesses países o trabalho será mais braçal, pois Zanatta estará envolvido com perfuração de poços artesianos. “Essa região do continente passa por uma das maiores secas dos últimos tempos, não há água potável. Isso condena à morte cerca de cinco pessoas por minuto”, lamenta.

No fim do último ano, o estudante iniciou uma viagem de dois meses pela América Latina, quando teve a oportunidade de ver e viver as dores e alegrias do povo latino-americano. “Resolvi que iria à África para ver com os próprios olhos as piores mazelas da humanidade e fui atrás”, explica Zanatta, que encontrou um contato em Moçambique por meio de uma amiga de Rondônia. “A partir disso tive que provar que sabia o que estava fazendo e que realmente estava disposto a passar por tudo – fome, sede e um grande risco de vida”, conta ele que, quando recebeu a notícia de que foi aceito, sentiu que essa seria uma oportunidade de dar um sentido maior para a sua vida.

Conforme o aluno, o continente africano é o berço da humanidade e somos todos africanos emigrados. O fato é uma motivação para ele ir a esses países e viver na pele as dores do continente, além de tentar entender mais sobre o mundo. “Vivemos em um mundo onde, segundo a Unicef, cerca de 26 mil crianças morrem de fome diariamente. Nesse mesmo mundo, são gastos aproximadamente 1,5 milhões de dólares na fabricação de armas. Ou seja, vivemos em um mundo em que é mais interessante matarmos uns aos outros do que alimentar os famintos”, conta.

Um estudante da área de Ciências Humanas não pode ficar restrito aos livros, conforme Zanatta, que considera necessário sair das salas de aula e conhecer o maior templo de ensino existente: o mundo. “É preciso vê-lo com os próprios olhos e aí então se tornar um pensador. Pretendo ser professor algum dia e lutar por uma educação que ensine a pensar, e não somente a reproduzir”, confessa.

O aluno foi beneficiado com o Tratamento Acadêmico Especial (TAE) da Univates, que é uma liberação de aulas presenciais e solicitação de envio de artigos acadêmicos para o curso. Um auxílio financeiro também foi concedido pelo Centro de Ciências Humanas e Jurídicas (CCHJ) da Instituição. Zanatta já possui a passagem de ida e faltam apenas algumas vacinas necessárias. A expectativa é de que o aluno volte no mês de julho, mas isso vai depender dos acontecimentos futuros. “Talvez eu nem volte mais”, completa.

Texto: Tuane Eggers

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