A Univates está prestes a contar com mais um professor doutor em seu corpo docente. O professor do Centro de Ciências Humanas e Jurídicas (CCHJ) Laerson Bruxel apresentará, no próximo dia 30 de maio, sua tese de doutorado na Universidade de Coimbra, Portugal. O tema abordado em seu trabalho é “Democracia, deliberação e mídia na esfera pública contemporânea: um estudo sobre experiências referendárias no Brasil e em Portugal”.
Sob orientação do professor doutor Rui Cunha Martins, o trabalho de Bruxel integra o programa de Doutoramento em Altos Estudos Contemporâneos (área de Ciência Política) da Universidade de Coimbra. Ele explica que sua tese faz uma reflexão sobre as possibilidades da democracia nas sociedades contemporâneas, sendo direcionada para processos de deliberação pública. “A investigação empírica teve como foco dois referendos: um sobre o desarmamento, realizado no Brasil, em 2005; e o outro sobre o aborto, que ocorreu em Portugal, em 2007”, conta.
Para Bruxel, o objetivo foi averiguar como a participação da mídia nesse processo pode contribuir ou ofuscar a realização de debates dessa natureza nas sociedades contemporâneas. Ele considera que fazer um doutorado no exterior é sempre interessante, por várias razões. “Eu concentraria elas em dois grupos: de um lado, as razões que estão mais ligadas à questão propriamente acadêmica, como trocar experiências com pesquisadores e fazer um comparativo entre as práticas dos países; de outro lado, estão os ganhos relacionados a poder viver por um período em outro país e aprender práticas culturais e hábitos desse povo”, comenta.
O professor salienta, ainda, que a Universidade de Portugal é uma das mais antigas do mundo, possuindo uma história que vai além das reflexões estritamente acadêmicas. “A conclusão dessa etapa é gratificante, porque é a realização de um projeto de vida”, comemora Bruxel, lembrando que o momento deve ser considerado como o início de uma nova fase em uma jornada sem fim.
O doutorando comenta que pretende manter-se em permanente processo de formação. “Para o campo acadêmico, mais do que para qualquer outro, esse imperativo é ainda mais evidente. Não há alternativa a não ser continuar estudando sempre”, completa Bruxel.
Texto: Tuane Eggers