Máquina que esteve na construção da Arena do Grêmio é enviada diretamente para o câmpus da Univates
Na última quarta-feira, dia 23, a Univates recebeu um equipamento incomum no Vale do Taquari, que dará início à nova etapa da construção do Centro Cultural Univates, conjunto arquitetônico que agrega Biblioteca e Teatro. Diretamente da construção da Arena do Grêmio, em Porto Alegre, o material identificado como “Perfuratriz Hidráulica sobre Esteiras” mostra a preocupação da Univates em qualificar a estrutura grandiosa da nova obra.
O equipamento de 28 metros de altura será responsável pela execução de estacas do tipo “hélice contínua”, ou seja, a concretagem da estaca será feita juntamente com a escavação. “A profundidade média de cada estaca é de aproximadamente 20 metros e ela faz cerca de 300 metros por dia”, explica o engenheiro da Univates, Robledo Müller.
Serão cerca de 40 dias na etapa de fundação de estacas, que utilizará 1.500 m³ de concreto. Conforme Müller, é o primeiro equipamento que representa o tamanho da obra. “Agora vamos começar a trabalhar com proporções fora do comum e esses equipamentos já representam o resultado final da obra”, salienta o engenheiro.
A etapa é um fato histórico por marcar o início da infraestrutura do prédio. Até o momento, foram movimentados cerca de 56 mil m³ de terra, utilizados em grande parte para o aterro do novo campo de futebol e do estacionamento do Prédio 17, visando à sustentabilidade nas obras da Instituição.
De acordo com o engenheiro, o equipamento é normalmente utilizado em grandes obras industriais, estádios de futebol e viadutos. “São obras que tem a necessidade de estrutura de fundação maior”, comenta. Por ser um equipamento diferenciado, alunos e professores dos cursos de Engenharia Civil e de Arquitetura e Urbanismo foram comunicados da possibilidade de visitar o local da obra, com o objetivo de visualizar o funcionamento do material.
O Centro Cultural Univates contará com cerca de 10.000 m² de área construída e abrigará o novo prédio da Biblioteca, teatro para 1.200 pessoas, salas especiais e área de lazer. A estrutura da Biblioteca será em concreto e os fechamentos feitos em alumínio composto e vidro. O primeiro permitirá a correta preservação do acervo da radiação solar e o segundo, a iluminação natural nas salas de estudo.
Já o teatro será preparado para receber qualquer tipo de espetáculo, devido a sua moderna estrutura. O projeto conta com camarins individuais e coletivos, coxias, quartelada, urdimentos, varandas de manobra e passarelas de iluminação cênica. A obra será um marco na região do Vale do Taquari e beneficiará a comunidade em geral.
Texto: Ana Paula Labres / Tuane Eggers
