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Projeto da Univates estimula alunos à prática da solidariedade

Por Tuane Eggers

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Com o objetivo de proporcionar uma formação diferenciada aos estudantes da área da Saúde, o Projeto de Ações Interdisciplinares de Cuidados em Saúde da Univates também pratica solidariedade. Semanalmente, no bairro Santo Antônio, em Lajeado, são realizadas visitas domiciliares que aproximam acadêmicos, professores, usuários e cuidadores, fortalecendo o laço entre comunidade e universidade.

Para que as famílias sejam atendidas na perspectiva da integralidade da atenção, os envolvidos no projeto trabalham com o conceito de saúde ampliada, em equipe interdisciplinar, ou seja, alunos de vários cursos da área da Saúde compartilham saberes e priorizam o atendimento humanizado. As equipes são formadas por estudantes voluntários, sob orientação de um professor tutor. Ao final das atividades no bairro, toda terça-feira, cada grupo reúne-se com seu professor tutor para discussão dos atendimentos realizados com a família e formulação de novas estratégias de ações.

O projeto é coordenado pelas professoras Luciana Carvalho Fernandes, Magali Grave e Olinda Lechmann Saldanha e conta com as alunas Amanda Meyer, Barbara Passos de Sá, Julia Isse e Camila Antunes como bolsistas. Conforme a equipe, pensar na família em sua integralidade é conhecê-la como um todo, além de buscar compreender o conjunto de necessidades para articular ações e serviços de saúde que possam beneficiá-la.

Para a professora Magali Grave, diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, a experiência leva os alunos a desenvolverem práticas solidárias e cidadãs. Ela conta que a cada semestre existe uma maior participação de alunos voluntários e que o projeto é permanentemente discutido e repensado. “Não só pelo fato de ser novo, mas também pelo fato de que a cada ação são necessárias novas reflexões”, explica.

Magali conta que, nos dez anos que acompanha os projetos de extensão que a Univates desenvolve junto à comunidade do bairro Santo Antônio, sente satisfação de ver a transformação dos alunos. “Eles vestem a camiseta, encaram o desafio e a cada dia tornam-se mais comprometidos e envolvidos com os problemas sociais de nossa região”, completa.

Desde sua criação, em 2009, o projeto já contou com a participação de 220 alunos voluntários e mais de dez professores. Além disso, realizou quase mil atendimentos à comunidade e cinco oficinas de capacitação aos Agentes Comunitários de Saúde do bairro atendido.


 

Teoria na prática


Giovana Fagundes, aluna da Fisioterapia, é uma das voluntárias que atua no projeto desde 2011. Ela conta que, após realizar atividades fisioterapêuticas, juntamente com colegas de outras áreas, conversam com os usuários, que contam suas histórias de vida. “Estamos ali para ouvir também, não apenas realizar atividades”, explica.

Para a estudante, entre os principais aprendizados que o projeto proporciona, está aprender a lidar com as necessidades dos outros e entender que existem problemas maiores que os seus. “Conhecer e conviver com diferentes situações ajuda bastante no aprendizado. Cada caso exige um jeito diferente de intervir e novas ações interdisciplinares. No bairro, podemos conhecer e aprender sobre como devemos agir”, conta Giovana, que considera o projeto uma oportunidade de aprendizagem e que motiva a auxiliar pessoas com necessidades.


 

Texto: Tuane Eggers

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