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Aluno de Gastronomia prepara churrasco no Caribe e em Miami

Por Ana Paula Vieira Labres

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A cultura gaúcha ultrapassa fronteiras e atinge diversas partes do mundo. Do outro lado do planeta, é possível encontrar alguém cultuando um costume autêntico do povo gaúcho, como o hábito tradicional de tomar chimarrão ou de assar churrasco. Exemplos disso são os Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) instalados no Paraguai, em Portugal, Estados Unidos, Japão e China. A expansão da cultura sul-rio-grandense deve-se aos gaúchos que saem do seu estado para trabalhar em outros países.

Esse é o caso do aluno formado pelo curso de extensão em Gastronomia Gaúcha da Univates Eduardo Roos Vieira da Cunha, 27 anos, de Caxias do Sul, que decidiu fazer o curso para ampliar seu conhecimento gastronômico e conhecer diferentes lugares. “O churrasco é a identidade do Rio Grande do Sul, e é apreciado e elogiado no mundo todo”, complementa.

Sua primeira oportunidade de trabalho foi na churrascaria M-Grill, localizada na segunda maior cidade dos Estados Unidos, Los Angeles. Depois, veio a chance de atuar na churrascaria Corte Nobre, em Natal, Rio Grande do Norte. A afirmação de que o churrasco é apreciado em todo mundo confirmou-se no início deste ano, quando Cunha recebeu a oportunidade de trabalhar na Churrascaria Texas de Brazil, na cidade de Port of Spain, situada nas ilhas de Trinidad e Tobago, no Caribe. “Recebi o e-mail da Univates sobre a vaga e logo enviei meu currículo. Na mesma semana fui contratado”, conta.

A Churrascaria Texas de Brazil é a única de toda ilha, um dos motivos para o churrasco gaúcho ser muito apreciado. O preparo, no entanto, é diferente do tradicional churrasco gaúcho. “As carnes precisam estar bem passadas e com pouco sal. É desse jeito que eles gostam”, relata Cunha.

Ele conta ainda que além da comida gaúcha, cada cliente que chega no restaurante conhece um pouco da história e cultura do Rio Grande do Sul. Os frequentadores também são servidos por passadores de carne que vestem lenço, bombacha e bota. “Aqui a rotina é sempre diferente. Cada funcionário tem a oportunidade de executar o processo de preparação do churrasco, desde cortes, tempero e armazenamento, até o modo de servir os clientes”, explica.

Cunha trabalha oito horas diárias e tem duas folgas semanais, e recebe o salário na moeda local, o Dolar de Trinidad e Tobago (TT$). Ele também ganha moradia particular e transporte de ida e volta ao trabalho. “Recebo gorjetas e um incentivo mensal acrescentado ao salário. A moeda tem valor inferior ao real brasileiro, mas vale a pena trabalhar aqui. Se eu cambiasse o que recebo, seria um salário bom no Brasil, cerca de R$ 2mil”, destaca o caxiense.

Mas não é apenas o salário que chama a atenção dos trabalhadores que saem do Brasil em busca de outras oportunidades. “O Caribe é lindo, tem temperaturas quentes (máxima de 30 graus no verão e mínima de 22 no inverno). É uma região repleta de mistérios, histórias de piratas, grutas e cavernas. A gastronomia também é muito interessante; e além do churrasco, eles apreciam o shark and bake, ou tubarão no pão, um delicioso filet de tubarão à milanesa, servido no pão de xis burguer”, relata.

“Divulgar a cultura gaúcha e conhecer a dos caribenhos é uma troca cultural que não tem preço e que fica de experiência para o resto da vida”, finaliza o aluno da Univates, que agora se prepara para trabalhar na Churrascaria Texas de Brazil na Flórida, e atuar na organização gastronômica da Semana Farroupilha do CTG Nova Querência, localizado em Miami.

Texto: Ana Paula Vieira Labres


 

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