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Cadeia produtiva da erva-mate em debate na Univates

Por Ana Paula Vieira Labres

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Lajeado – A Câmara Setorial da Erva-Mate, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul (Seapa), e o Polo de Inovação Tecnológica do Vale do Taquari, vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Univates, realizaram nesta sexta-feira, dia 17, no auditório do Prédio 7 da Univates, o I Seminário Estadual da Câmara.

Com a participação de produtores, industriários, pesquisadores, representantes de associações de produtores de erva-mate, viveiristas, tarefeiros, técnicos e autoridades, o evento discutiu os diferentes setores da cadeia produtiva da erva-mate, os avanços tecnológicos das diferentes instituições e identificou as oportunidades para inovação.

Entre as autoridades presentes à abertura, no turno da manhã, estiveram o diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), Roberto Magnos Ferron; o presidente do Sindicato da Indústria do Mate do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimate - RS), Alfeu Strapasson; o secretário-adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Cláudio Fioreze; o reitor da Univates, Ney José Lazzari; o pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Univates e gestor do Polo de Inovação Tecnológica do Vale do Taquari, Claus Haetinger; o coordenador-geral das Câmaras Setoriais, Milton Luís Bernandes Ferreira, e o coordenador técnico da Câmara Setorial da Erva-Mate, Carlos da Silva dos Santos.

O Diretor do Defap, Roberto Ferron, destacou que a erva-mate é uma espécie de planta fantástica e que as pessoas envolvidas no processo de produção precisam trabalhar mais por ela. “Além de ser uma bebida que carrega traços culturais, é um chá medicinal e contribui para a economia do estado. O trabalho de destaque da erva-mate começa hoje e sua divulgação se intensificará com a chegada da Copa de 2014”, afirmou.

A importância dos grupos de trabalhos de pesquisas para que as pessoas conheçam os benefícios da erva-mate foi enfatizada no discurso do presidente do Sindimate, Alfeu Strapasson. “Na Câmara Setorial temos muitos desafios, e um deles é o fundo de apoio para o qual desejamos a aprovação pelo governo do estado para que possamos trabalhar ainda mais na área da pesquisa”, acrescentou. Outra solicitação de Strapasson foi a inclusão da erva-mate na cesta básica, assim como ocorre nos estados do Paraná e Santa Catarina.

Além disso, o presidente do Sindicato explicou que o setor ervateiro está passando por dificuldades na produção da matéria-prima, devido à seca. “Com o consumo acelerado, se não houver retomada do plantio, o produto poderá faltar no mercado. Em parceria com os municípios, Emater e governo precisamos retomá-lo”, ressaltou.

O representante do governo do estado Cláudio Fioreze afirmou que o fortalecimento de bases produtivas históricas, como a erva-mate, está ocorrendo por meio da Câmara Setorial. “A erva-mate precisa ter a audácia de ter um instituto que garanta o caráter do estado, precisa ter permanência nas políticas públicas. A cadeia necessita se organizar e, por isso, a Câmara está trabalhando para que o Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate) esteja com as propostas prontas até o fim do ano”, destacou. Em relação à cesta básica, ele sugeriu um encontro com o governo para discutir a questão.

O reitor da Univates, Ney Lazzari, falou sobre a preocupação da Instituição nas áreas ligadas à produção primária. “A Univates não produz erva-mate ou aves, por exemplo, mas ajuda na formação de pessoas qualificadas para auxiliar nesse trabalho. Estamos orgulhosos em fazer parte da consolidação da Câmara”, disse.

O evento teve continuidade no turno da tarde, com exposições de pôsteres sobre pesquisas com erva-mate; trabalho em grupo com a discussão sobre necessidades do setor da erva-mate e apresentação das temáticas levantadas pelos grupos.

Texto: Ana Paula Vieira Labres

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