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Independência do Brasil: um dos fatos históricos mais importantes do país

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Nesta sexta-feira, dia 7, feriado nacional, celebra-se a Independência do Brasil. No sábado, dia 8, a Univates terá aula normal, bem como atendimento nos setores que costumam abrir aos sábados – Atendimento ao Aluno, Biblioteca, Secretaria de Extensão e Pós-Graduação, entre outros.

No calendário oficial brasileiro, 16 datas somam feriados nacionais e pontos facultativos neste ano. Para muitas pessoas, os feriados são oportunidades para aproveitar a companhia da família, viajar ou mesmo descansar; porém, muitas vezes, não sabemos o significado dessas datas que tiveram grande importância na história do país, como é o caso do 7 de Setembro.

Conforme explica o professor de História da Univates Luís Fernando da Silva Laroque, o 7 de Setembro de 1822 é apenas o indicador oficial da separação política da colônia brasileira da metrópole portuguesa, e não propriamente a “independência” da primeira em relação à segunda. Estudos historiográficos mais recentes apontam, inclusive, que esta data nem foi 7 setembro de 1822, mas sim, em 24 de janeiro de 1808, quando a corte portuguesa transferiu-se para o Brasil – comitiva composta pelo príncipe regente D. João, rainha Dona Maria (a louca), o jovem D. Pedro I e boa parte da nobreza – episódio conhecido como a Interiorização da Metrópole ou início do Império nos Trópicos. Foi o que realmente significou o marco inicial de um processo de emancipação política do Brasil.

“Em meu entender, a utilização do termo 'independência' para o 7 de setembro de 1822 é bastante questionável, tanto do ponto de vista econômico como do político e social, pois para o reconhecimento do brado do Ipiranga por D. Pedro I, o Brasil precisou pagar um montante de dois milhões de libras esterlinas (início da nossa dívida externa), além de precisar submeter-se à Constituição outorgada de 1824, a qual instituía um quarto poder (o Moderador), exercido por cerca de 67 anos, inicialmente por Pedro I e a seguir por D. Pedro II (respectivamente filho e neto do governante português). Ressalte-se ainda o fato do voto ser censitário, ou seja, era necessária renda mínima de 100 mil reis anuais, e obviamente ser do gênero masculino, já que mulheres, negros e indígenas (lembrando que estes últimos eram a maioria) sequer poderiam passar perto das urnas”, explica.

Conforme o professor, o 7 de Setembro, anualmente relembrado e comemorado principalmente nas escolas e desfiles cívicos militares, é importante para a continuidade da história e da memória do povo brasileiro, “mas não podemos e nem devemos deixar de interpretá-los e problematizá-los considerando os estudos historiográficos mais recentes”. “Os desfiles, por exemplo, iniciaram durante o Estado Novo, mais precisamente no final da década 1930. A partir daí isso passou a servir para preservação e afirmação da memória nacional”, finaliza Laroque.

Veja mais alguns feriados que vêm por aí:

20 de setembro (quinta-feira) – Revolução Farroupilha

12 de outubro (sexta-feira) – Nossa Senhora Aparecida

15 de outubro (segunda-feira) – Dia do Professor

31 de outubro (quarta-feira) – Dia da Reforma

2 de novembro (sexta-feira) – Finados

15 de novembro (quinta-feira) – Proclamação da República

25 de dezembro (terça-feira) – Natal

 

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