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Reitor e pró-reitores estreitam relações institucionais com universidades europeias

Por Tamara Bischoff

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Na última semana, o reitor da Univates, Ney Lazzari, o pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação Claus Haetinger e o pró-reitor Administrativo Oto Moerschbaecher retornaram de viagem à Europa, onde estiveram visitando instituições de ensino e pesquisa na Suécia e na Finlândia.

Na Suécia, a visita ocorreu na Universidade de Halmstad, com a qual a Univates possui parceria de intercâmbio para alunos e professores. Conforme Lazzari, o trabalho que vem sendo realizado recebeu muito elogios. “Além de se mostrarem muito satisfeitos com a parceria, eles afirmaram a intenção de aprofundar o convênio, e para isso, temos que oferecer aqui disciplinas que sejam ministradas em inglês”, afirma o reitor.

A viagem à Finlândia integrou o módulo internacional do curso de MBA em Gestão de Instituições de Ensino Superior, organizado pelo Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung). As instituições visitadas foram: University of Turku, University of Tampere, University of Hämeenlinna, e o VTT Technical Research Center of Finland, de Helsinki.

A viagem teve como objetivo conhecer o sistema de gestão dessas universidades e escolas politécnicas finlandesas, já que o Programa para a Avaliação de Estudantes Internacionais apontou a Finlândia como líder mundial em matéria de ensino, numa avaliação trienal de alunos de 15 anos nos principais países industrializados, organizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Os representantes da Univates também aproveitaram a oportunidade para firmar convênio de intercâmbio para professores com a Universidade de Hämeenlinna.

Conforme Lazzari, que além de reitor também preside o Comung, a intenção é estimular a ida de mais pessoas para esses locais para buscar ideias, não no intuito de copiar, mas para conhecer diferentes maneiras de trabalhar na área do ensino superior. Uma das oportunidades é um curso para professores universitários, para o qual o Comung deverá inscrever docentes. Segundo o reitor, na Finlândia o professor é reconhecido profissionalmente pela sociedade, tem o melhor salário da esfera pública e são diversas as exigências para quem opta por essa profissão.

“Foi uma missão excelente. Ficou claro, mais uma vez, que temos de mudar a forma de aprender novos idiomas, convencer nossos alunos da importância disso para não perdermos possibilidades”, ressalta.

De acordo com o pró-reitor Claus Haetinger, foi uma oportunidade ímpar de múltiplos olhares sobre a realidade destes dois países. “Pudemos observar in loco as mudanças estruturais no âmbito da educação básica e superior, na mobilidade urbana, na qualidade de vida, na alimentação saudável, na pesquisa aplicada diretamente para a solução de problemas da sociedade, nas alternativas limpas para a matriz energética, na saúde e previdência social, nas relações trabalhistas, na internacionalização das universidades de modo consistente e produtivo”, relata. Ele observa também que as universidades transpiram cultura, arte e design de produtos, muito bem articuladas com ciência, tecnologia e inovação. “Uma boa sugestão de visita para os futuros administradores dos municípios do Vale do Taquari. Pensando em nossos acadêmicos e docentes, ha inúmeras oportunidades que se vislumbram, e que buscaremos sistematizar a partir de agora”, observa. Haetinger deixa uma dica para os alunos: “estudem inglês, porque as portas estão abertas”.

A dica é reforçada também pelo pró-reitor Administrativo, que salienta as inúmeras possibilidades que se abrem para quem domina a língua inglesa. Para ele, a viagem mostrou que, como brasileiros, estamos ainda muito longe do ideal de educação, isso levando em consideração o sistema educacional desde o ensino fundamental. “Lá, no ensino médio, por exemplo, os alunos já falam quatro idiomas. Aqui, nós batalhamos para aprender mais uma língua no ensino superior”, compara.

Moerschbaecher destaca ainda algumas curiosidades que mostram a diferença cultural entre o Brasil e esses países europeus. “O uso da bicicleta é muito comum, e nas universidades em que estivemos elas são deixadas nos estacionamento sem qualquer tipo de tranca ou cadeado. Da mesma forma, no hall de entrada das instituições há espaço para as pessoas (alunos, professores, visitantes) pendurarem seus casacos em cabides e, ao final da aula, lá estão eles para serem retirados, sem ninguém controlando”, conta.

As salas de aula, conforme ele, costumam abrigar cerca de 150 alunos, em formato de auditório em sua maioria. Em algumas disciplinas proíbe-se o uso de notebook. Há muitos ambientes coletivos e, em relação a esses locais, o respeito pelo que é do outro torna o convívio muito mais agradável”, observa. O pró-reitor também salienta um ponto positivo da realidade da Univates, que é o fato de que aqui é comum os alunos, durante a graduação, unirem o aprendizado à prática profissional, o que traz grandes benefícios. “Lá, eles estão trabalhando forte para tentar formar alunos com o perfil que o mercado exige”, complementa.

 

Texto: Tamara Bischoff

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