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Oficinas de Comunicação Ambiental ampliam contato com a natureza

Por Tuane Eggers

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Por meio de oficinas e vivências experimentais, o projeto de extensão Comunicação para Educação Ambiental da Univates busca sensibilizar a comunidade para uma relação de sustentabilidade com o ambiente. “Tentamos tirar as crianças e os professores da sala de aula para terem mais contato com a natureza, de forma lúdica e com menos conteúdo teórico”, explica a coordenadora do projeto, professora doutora Jane Mazzarino.

O projeto existe desde 2006 e já passou por diversas fases. Atualmente, o foco está em atividades realizadas ao ar livre, com crianças e adultos. São vivências baseadas em um método desenvolvido pelo escritor e educador americano Joseph Cornell, autor do livro “Vivências com a Natureza – Guia de Atividades para Pais e Educadores”.

Em quatro fases, são trabalhados os cinco sentidos: a primeira é a do entusiasmo; a segunda busca concentrar a atenção dos alunos; já a terceira é a de dirigir a experiência; enquanto a quarta fase é a de compartilhar a inspiração. Para o aluno de Engenharia Ambiental e voluntário do projeto, Germano Wojahn, é interessante ter a experiência com grupos e estimular essas atividades de experimentação. “Propomos sentir e ver melhor o ambiente em que estamos, fazendo os alunos perceberem a textura e o cheiro da natureza”, explica.

Ele atua no projeto desde o início de aplicação deste método, que ocorreu em março deste ano. Além de Germano, o projeto conta com a bolsista Taciane Mantovani e com a colaboração da bolsista Marília Graziola, ambas estudantes de Psicologia. “É uma experiência muito válida para tirar as pessoas da rotina e de ambientes fechados e proporcionar contato com a natureza, para ocuparem melhor os espaços”, explicam.

Mesmo que os participantes vejam os elementos da natureza diariamente, e até convivam com eles, as oficinas proporcionam uma nova forma de percebê-los. “É uma experiência de descoberta”, comentam os ministrantes. Conforme Jane, “o que não se vivencia não se aprende, não se valoriza. Se a pessoa sentiu e participou de determinadas experiências, estas sensações passam a fazer parte da sua vida”, ressalta.

Entre as atividades propostas estão a do contato com as árvores, na qual os alunos se juntam em duplas e um guia o outro, com os olhos vendados, para tocá-las e sentir o cheiro. Outras exercitam a escuta, como a atividade que propõe o desenho de um “mapa de sons”. Os alunos ouvem, com atenção, a todos os sons ao seu redor e tentam desenhar a direção de cada um deles. São pequenas ações que possibilitam a reflexão e o resgate do contato com a natureza e ressaltam a importância de prezar por ela.

Texto: Tuane Eggers

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